Tratado entre Brasil, Turquia e Irã sobre enriquecimento de urânio.

O acordo entre Brasil, Turquia e Irã

O Brasil e a Turquia anunciaram em Teerã um acordo para que o Irã envie urânio para o exterior e receba, em troca, urânio com grau maior de enriquecimento.
O acordo pode ajudar a evitar que o Conselho de Segurança da ONU aprove novas sanções contra o Irã, como defendem os Estados Unidos.
O Irã enviará 1,2 tonelada de urânio com baixo grau de enriquecimento (3,5%) para a Turquia em troca de 120 kg de combustível enriquecido a 20%.
A troca deverá ter o acompanhamento da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica, órgão da ONU).
Para um pequeno reator de pesquisas médicas em Teerã, instalado pelos Estados Unidos há muitos anos. Ele está sofrendo com a falta de combustível, que antes era fornecido pelo exterior.
O Brasil acertou em mediar o acordo nuclear com o Irã?
Com a intermediação do Brasil e da Turquia, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, concordou em enviar 1.200kg de urânio para a Turquia em troca de combustível para um reator nuclear a ser usado em pesquisas médicas.
O programa nuclear iraniano vem sendo alvo de duras críticas pela comunidade internacional que ameaça punir o país com a aplicação de sanções econômicas.
O Irã nega que tenha como objetivo o desenvolvimento de armas nucleares como suspeitam os Estados Unidos e insiste que seu programa tem fins pacíficos.
Logo após o anúncio da assinatura do acordo, que tem como base a proposta da Agência Internacional de Energia Atômica, o governo de Israel criticou o Irã, dizendo que Teerã está manipulando o Brasil e a Turquia, como forma de evitar a aprovação de sanções pelo Conselho de Segurança da ONU.
Apesar da iniciativa ter sido bem recebida pelo ministério do Exterior da França, o porta-voz do governo francês, Bernanrd Valero disse que o acordo por si só não muda em nada a posição da comunidade internacional. "Temos que avaliar a seriedade do governo do Irã."
Apesar do governo iraniano dizer que está pronto a cumprir o compromisso com o envio do urânio à Turquia, o acordo ainda tem que ser aprovado pela Agência Internacional de Energia Atômica.