domingo, 22 de agosto de 2010

Debaixo de uma ponte.


Felicidade perdida.
Em uma manhã nostálgica, deparei-me angustiado em um quarto branco de hospital.
Por várias vezes peguei-me relembrando o que tivera acontecido. No aconchego da cama, as únicas lembranças quem me vinham eram dor, desespero, ilusão, morte, fome atribuída a um pedaço de carne, este doce veneno que me pusera na situação que me encontro.
Queria que nada tivesse acontecido, pois que mal havia morar debaixo de uma espaçosa, acolhedora e aconchegante ponte? Todavia, as regalias que não encontrava lá, pude perceber cá, assim, enfartei-me diversas vezes da saborosa comida que o hospital podia me oferecer, esta que raramente podia transportar dos meus sonhos e pensamentos ocultos para realidade.
Hoje no leito de minha morte, relembro se valeu à pena enfartar-me gulosamente da carne, sal para saciar minha fome e se as duas vagas em aberto na minha imensa moradia, a ponte, possa ser de qualquer pessoa que transita na vagarosa vida sem destino. Debato-me alucinado para que me venha logo a noticia do retorno ao meu lar, e que lá me possa reencontrar e tapear o irônico destino que a carne ou sal, ou ambos juntos me traçaram, e que este quarto de hospital que agonizo seja apenas lembranças infelizes de uma longa vida.
Trabalho destinado a faculdade na disciplina de Redação aplicada a Comunicação do curso de Comunicação Social. Texto continuação do conto Debaixo da ponte.

Um comentário:

  1. Como sempre maraaaa....vamos postar nossos trabalhos novamente.....rs tinha esquecido do meu...bjos parceiro

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